Fabio Zelenski’s review published on Letterboxd:
Há filmes que te deixam bem, animado. Eles são bons para e ver quando nem tudo tem dado certo. A Oeste do Fim do Mundo (2014) é um deles. Em cartaz no Cine Livraria Cultura (e outros cinemas que não sei apontar), o filme tem nacionalidade dupla: argentina e brasileira. Entretanto, se passa na estrada da fronteira Argentina e Chile, e usa como protagonistas as marcas existentes em quem só teve uma vida sofrida de trabalho manual repetitivo ou sobreviveu à Guerra das Malvinas,cuja história conta que mais de 400 soldados suicidaram.
Nenhum personagem, seja Leon, ser introspectivo de passado penoso e misterioso, seja Ana, brasileira que foge dos pesares da vida, e tampouco Silas, motoqueiro grosseiro que os visita todos os dias, transmite a simpatia típica de heróis, entretanto, encantam a sua maneira.
O filme tem descaradamente uma série de product placement, o que dá, por vezes, a sensação de estar assistindo ao SBT e ter os flashs dos produtos Jequiti, mas, devido a tamanha a qualidade e sensibilidade do roteiro e personagens, se releva.
Filme bom, as horas passam rapidamente, envolve e te faz torcer por um final feliz. Estar a oeste do fim do mundo surge como um alívio, um ponto de partida, e não de chegada.